12 de set. de 2010

Excesso de raios-X expõe pacientes a risco

Pacientes brasileiros estão sendo expostos sem necessidade à radiação em exames de raios-X e tomografias.

A constatação é de pelo menos cinco estudos publicados nos últimos anos na revista científica "Radiologia Brasileira", que reúnem dados de hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas, Paraná e Pernambuco.

Segundo os pesquisadores, as razões vão desde um maior número de exames feitos sem necessidade a equipamentos radiológicos descalibrados e funcionários mal treinados sobre a dose de radiação mais adequada.

O problema é global e afeta principalmente países com níveis elevados de tratamento de saúde, segundo relatório da ONU divulgado no mês passado em Genebra.
Anualmente são feitos 3,6 bilhões de radiografias no mundo, um aumento de 40% em relação à ultima década. Em muitos países, a exposição radiológica médica já supera os casos de exposição por fontes naturais (radiação solar, por exemplo).

Radiologistas e físicos ouvidos pela Folha dizem que o Brasil segue a mesma tendência de aumento, mas não há estatísticas sobre o nível de exposição radiológica a que o paciente é exposto durante os exames.

Os poucos estudos referem-se a serviços de saúde isolados e usam diferentes metodologias.

Também são isoladas as iniciativas para se reduzir as doses de radiação. "Eu posso fazer uma tomografia de tórax com uma dose de 20 ou uma dose de 10 e chegar ao mesmo diagnóstico", diz Marcos Menezes, diretor da radiologia do Instituto do Câncer e do Sírio-Libanês.

Segundo ele, cada perfil de paciente (gordo, magro) exige uma dose diferente de radiação. "Mas muitos serviços adotam protocolos de doses altas porque, quanto maior a dose, melhor é a imagem."

O CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia) acaba de criar sua primeira comissão de radioproteção, que vai elaborar diretrizes sobre o nível radiológico adequado em diferentes exames de imagem.

"É preciso difundir entre os médicos e a população que os exames que envolvem radiação ionizante só devem ser pedidos em caso de real necessidade", diz Sebastião Mendes Tramontin, presidente do CBR.

DOSES DE RADIAÇÃO

A medida tem apoio da Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica), que coleta dados no país sobre as doses de radiação recebidas por pacientes em mamografias, radiologias pediátricas, de tórax e intervencionistas.

A exposição a níveis altos de radiação pode causar de lesões graves (queimadura e queda de cabelo) à morte. Mas isso dificilmente ocorre em um exame radiológico.

Outra possibilidade são os chamados efeitos estocásticos, em que a probabilidade de ocorrência de um câncer, por exemplo, é proporcional à dose de radiação recebida.

Porém, esses efeitos --que constam na literatura internacional-- foram calculados a partir de dados obtidos com a população sobrevivente de Hiroshima. "Não sabemos em que dose isso pode acontecer em um exame. Por isso, diminuimos a dose ao menor valor possível para reduzir o risco", explica a física Helen Khoury, da Universidade Federal de Pernambuco.

Khory acrescenta: "O risco zero seria não fazer a imagem. Mas aí eu também não tenho a imagem." Muitos estudos dizem que o corpo humano tem a capacidade de restaurar o dano celular causado pela baixa radiação.

"Os benefícios obtidos com os exames radiológicos são superiores aos eventuais riscos da exposição à radiação", afirma Tramontin.

Uma portaria do Ministério da Saúde estabelece os níveis máximos de exposição à radiação para profissionais de saúde, mas exclui pacientes que passam por procedimentos radiológicos -por não existir um limite.

A boa notícia é que os novos tomógrafos já têm softwares que modulam a dose da radiação de acordo com o peso. "Assim, temos a certeza de que estamos usando a menor dose possível", diz o radiologista Márcio Garcia.

FONTE: Folha.com

8 de ago. de 2010

Aula De Radiologia

O que é Protrusão discal

O Dicionário Médico Ilustrado Dorland define a hérnia como sendo a protrusão anormal de um órgão ou outra estrutura do corpo através de um defeito ou uma abertura natural em um invólucro, cobertura, membrana, músculo ou osso. Portanto, toda hérnia é uma protrusão. Mas nem toda protrusão é uma hérnia.

Para que se constitua em hérnia, a protrusão deve ir além da abertura natural do invólucro, cobertura, membrana, músculo ou osso; ou rompê-lo. Essa é a diferença entre protrusão discal e hérnia de disco. Na chamada protrusão discal, o disco não rompe o anel fibroso. Na hérnia discal ocorre ruptura do anel fibroso em volta do disco intervertebral, e projeção do disco além desse anel.

Sintomas

Esta lesão é caracterizada por dor local, que é aumentada pelo tossir e espirar, pelo espasmo da musculatura paravertebral e antalgia da coluna lombar. Quando ocorre pressão nas raízes nervosas vertebrais, cria-se uma dor que se irradia pela perna. Essa compressão nervosa pode acarretar déficit de força muscular nos membros inferiores
Os sintomas mais comuns são: Parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para membros inferiores ou superiores, podendo também afetar somente as extremidade (pés ou mãos).

Causas

Sofrer exposição à vibração por longo prazo combinada com levantamento de peso, ter como profissão dirigir e realizar freqüentes levantamentos são os maiores fatores de risco pra lesão da coluna lombar. Cargas compressivas repetitivas colocam a coluna em uma condição pior para sustentar cargas mais altas, aplicadas diretamente após a exposição à vibração por longo período de tempo, tal como dirigir diversas horas. (Magnusson ML, Pope ML, Wilder DG, 1996)

Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão:

* Trabalho físico pesado
* Postura de trabalho estática
* Inclinar e girar o tronco freqüentemente
* Levantar, empurrar e puxar pesos
* Trabalho repetitivo
* Vibrações
* Psicológicos e psicossociais

(Adersson GBJ,1992)

Diagnóstico e exame

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como raio-x, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.

Tratamento

RMA da Coluna Vertebral
É um programa fisioterapêutico que utiliza técnicas de Fisioterapia Manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica. Estabilização Vertebral e Exercícios de Musculação. Ele visa melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras e facetas, dando espaço para nervos e gânglios, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna lombar, cervical, quadril e ombro.

O que é Espondilolistese














É um deslizamento de um corpo vertebral no sentido anterior, posterior ou lateral em relação à vértebra de baixo. Este escorregamento para frente de uma vértebra em relação a outra subjacente, ocasiona dor ou sintomatologia de irritação de raiz nervosa.

Classificação

A mais aceita é a classificação de Wiltse e Bradford que tem como diferencial a etiologia do escorregamento vertebral. As listeses são divididas em 5 grupos da seguinte forma - Displásica – Anomalia da porção superior do sacro ou do arco de L5, Ístmica – Lesão do istmo vertebral por fratura de fadiga, Degenerativa – Secundária a processo degenerativo do disco ou articulação intervertebral posterior, Traumática – Fratura aguda do arco posterior da vértebra, Patológica – Enfermidade óssea que acomete o arco posterior (tumor ósseo, etc).
Estes deslizamentos vertebrais foram classificados por Meyerding conforme sua intensidade. Grau I de zero a 25%, Grau II de 25% a 50%, Grau III de 50% a 75% e Grau IV de 75% a 100%. O Grau V seria a pitose vertebral.Sintomas

* Dor Lombar
* Dor irradiada (dor Ciática)
* Dor nas pernas ao caminhar
* Formigamento
* Encurtamento dos músculos posteriores das pernas
* Perda de força e coordenação dos movimentos
* Incapacidade de andar

Causas da Espondilolistese

A espondilolistese degenerativa ocorre em adultos e idosos, pois é provocada pelo desgaste das articulações facetárias, como parte do quadro de degeneração da coluna.

A espondilolistese ístmica ocorre por um defeito das articulações facetárias, que pode ser de natureza congênita ou devido a lesões ocorridas na infância. Como pode ser por uma má-formação congênita, a espondilolistese ístmica é comum na infância e adolescência.

Diagnóstico e exame

* Raio-x
* Ressonância Magnética

Tratamento

RMA da Coluna Vertebral
Etapas do tratamento

Conservadores

* Medicações (Antiinflamatórios, relaxantes musculares, analgésicos, etc)
* Fisioterapias
* Acupuntura
* Reabilitação Muscular

Cirúrgico
(Na falha dos tratamentos conservadores ou alterações neurológicas)

* Fusão (Artrodese)
* Fixação Dinâmica

26 de jul. de 2010

Projeto De Lei De 2007 (Do Sr. Jorginho Maluly)

Altera o art. 282 do Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940,
acrescentando a profissão de tecnólogo
e técnico em radiologia.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. O art. 282, caput, do Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de
dezembro de 1940, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 282 Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de
médico, dentista, farmacêutico, técnico e tecnólogo em
radiologia, sem autorização legal ou excedendo os limites
da ética, impostos pelos respectivos Conselhos
Profissionais:
Pena – Detenção de seis meses a dois anos.
Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O exercício ilegal da profissão de Tecnólogo e
técnico em radiologia deve ser tratado com responsabilidade, visto que é uma profissão
que trabalha com radiação em diversas áreas principalmente na área de saúde.
São Tecnólogos e Técnicos em Radiologia os profissionais de Raios
X, que executam as técnicas:
I - radiológicas, no setor de diagnóstico;
II - radioterápicas, no setor de terapia;
III - radioisotópicas, no setor de radioisótopos;
IV - industriais, no setor industrial;
V - de medicina nuclear.
Os técnicos e tecnólogos de radiologia como profissionais da área de
saúde executam exames na área da radiologia, ou seja, atuam na produção de
imagens no diagnóstico de patologias nos seres vivos. Na radioterapia utilizam raios x e
fontes radioativas no tratamento de patologias e que nos trás lembranças do Césio 137,
que traumatizou Goiânia e o Brasil com o acidente por negligência. Como técnicos em
radiologia industrial operam aparelhos de raios x e fontes radioativas na produção de
imagens para controle de qualidade em obras de engenharia de segurança e peças
sensíveis. Na medicina nuclear e radioisotópica o profissional manuseia substâncias
radioativas e aplica em pacientes para rastreio e produção de imagens.
Suas funções consistem em programar, executar e avaliar técnicas
radiológicas utilizadas no diagnóstico, na prevenção e promoção da saúde, utilizando
equipamentos tecnologicamente avançados, na preparação e posicionamento e
acompanhamento do paciente na realização de exames.
O exercício das atividades radiológicas por pessoas desqualificadas
além de colocar em risco o próprio operador e de alto perigo para outros seres vivos e
para a sociedade geral.
Os efeitos nocivos para os seres vivos, o risco para para o paciente,
o perigo para a sociedade, comprovadas pelos sucessivos acidentes radioativos,
amplamente noticiados pela imprensa mundial, requerem penalidades mais
contundentes que evitem o exercício ilegal.
Atualmente esse delito é tratado como contravenção e não como
crime, havendo necessidade de modificação do ordenamento legal, inserindo essa
conduta entre aqueles previstas no art. 282 do Código Penal.
Sala das Sessões, em de setembro de 2007.
Deputado Federal
Jorginho Maluly – DEM/SP

Ureterocele

ureterocele é um distúrbio incomum caracterizado pela dilatação da porção inferior do ureter no local em que ele penetra a bexiga; é associado a uma estenose (estreitamento) da porção mais inferior do ureter.

A doença é congênita e pode ser descoberta nos bebês durante o ultra-som materno pré-natal (ultra-som na gestação). Quase sempre, os bebês manifestam infecções do trato urinário graves. Esta doença pode causar uropatia obstrutiva crônica, unilateral ou bilateral, do(s) rim(ns) afetado(s).
Sintomas:

dor no flanco
intensa
pode irradiar-se para a virilha, genitais e coxa
espasmódica ou que produz cólicas
unilateral

dor nas costas, possivelmente unilateral
dor abdominal
sangue na urina
freqüência/urgência urinária aumentada
micção noturna excessiva

Sinais e exames:
Pressão sangüínea elevada. O exame de urina tipo I pode mostrar sangue na urina ou sinais de infecção urinária. O pielograma retrógrado pode revelar ureterocele e hidronefrose (rim aumentado por causa da retenção de urina atrás da obstrução). No IVP (pielograma intravenoso), as duas condições podem ser observadas. Um ultra-som abdominal ou uma tomografia computadorizada do abdome podem mostrar a hidronefrose.

Tratamento:
O objetivo do tratamento é aliviar a obstrução. Dispositivos conhecidos como stents (pequenos tubos para dilatação colocados dentro do ureter ou na pélvis renal) podem proporcionar alívio a curto prazo dos sintomas. A correção cirúrgica da ureterocele geralmente resolve o problema.

Expectativas (prognóstico):
O prognóstico varia. Se a obstrução puder ser curada, o dano será temporário. Se, no entanto, a condição persistir, esse prejuízo será permanente, embora o outro rim possa continuar funcionando normalmente.

Complicações:

dano dos rins permanente, com redução ou perda da função (de um rim)
infecção do trato urinário, recorrente ou crônica

22 de jul. de 2010

Conselhos Padronizam Fiscalização

A Coordenação Nacional de Fiscalização (CONAFI) quer padronizar as atividades de fiscalização nos estados. Para isso, o grupo programa um dia de encontro com as Coordenações Regionais de Fiscalização (COREFIs). A reunião está prevista para o dia 10 de julho, em Goiânia (GO).

O encontro tem por finalidade a troca de informações. O grupo irá aprovar um modelo único para os relatórios de sindicância, assim como apresentar o material e o novo manual de fiscalização. Segundo o presidente da CONAFI, Antônio Ubirajara Jardim, assuntos como a obstrução das fiscalizações, dificuldades em conseguir apoio da força policial e casos de boletins de ocorrência, também serão levados para discussão na reunião.

A fiscalização dos Conselhos combate o exercício ilegal da profissão e a má condição de trabalho, além de verificar se os profissionais portam corretamente a credencial, se estão em dia com as obrigações do Sistema CONTER/CRTRs, e se, assim como previsto em lei, o estabelecimento nomeou um supervisor das aplicações das técnicas radiológicas.

A preocupação do CONTER é estabelecer mecanismos que garantam a boa aplicação dos recursos previstos nos orçamentos das entidades em prol dos profissionais e da sociedade brasileira.

Ainda compõem a Coordenação Nacional de Fiscalização, os membros Guilherme Viana e Kátia Vieira do Valle.
Fonte:www.conter.com.br

Uretrocistografia Miccional


OBJETIVO
Radiografias miccionais são obtidas após a cistografia de rotina. Quando as
imagens são combinadas dessa maneira, o exame é denominado
uretrocistografia, ou uretrocistografia miccional (UCM). Esse exame fornece
um estudo da uretra e avalia a capacidade de urinar do paciente; dessa
forma, trata-se de um estudo funcional da bexiga e da uretra.
INDICAÇÕES
Trauma ou incontinência são as indicações mais comuns para o exame.
PROCEDIMENTO
A fase miccional é mais bem realizada com aquisição fluoroscópica da
imagem, com o paciente em decúbito dorsal, embora a posição em pé torne
a micção mais fácil. Antes da remoção do cateter da bexiga e da uretra, todo
o líquido deve ser removido do balonetedo cateter, se esse tipo de cateter
for usado. Então, o cateter deve ser removido muito suavemente, sem
traumatizar a uretra.
A mulher em geral é examinada em AP ou em posição ligeiramente oblíqua,
como mostrado . O homem é examinado melhor na posição
oblíqua posterior direita a 30°. Um urinol ou um receptáculo adequado deve
ser fornecido ao paciente. Fluoroscopia convencional ou digital podem ser
usadas para capturarfases específicas do esvaziamento.
Após o esvaziamento estar completo e as imagens adequadas se¬remobtidas,
um AP pós-miccional pode ser realizado.
Uretrografia Retrógrada
OBJETIVO
A uretrografia retrógrada é realizada em homens para se conseguir demonstrar
toda a uretra. O contraste é injetado retrogradamente pela uretra distal até que
toda a uretra esteja preenchida pelo contraste (Fig. 17.68).
INDICAÇÕES
Trauma ou obstruções da uretra são indicações para esse procedi¬mento.
PROCEDIMENTO
A injeção do material de contraste às vezes é facilitada por um instrumento
especial chamado pinça de Brodney, que é acopla¬do à parte distal do pênis.
Uma posição oblíqua posterior direita a 30° é a posição de escolha, e o centro
é a sínfise púbica. O cateter especial é inserido na uretra distal, e a injeção é
feita. Contraste suficiente deve ser usado para preencher a uretra inteira, e as
exposições são feitas. Uma OPD em um homem é mostrada na Fig. 17.68.
Idealmente, a uretra estará superposta sobre os tecidos moles da coxa direita.
Essa posição evita a superposição de quaisquer estruturas ósseas, exceto
a parte inferior da pelve e o fêmur proximal.

20 de jul. de 2010

Incidência Axial Lateral "ATM" – Método de Schuller

Relação/amplitude de movimento alterada entre o côndilo e a fossa TM
Geralmente, as imagens são obtidas nas posições com a boca aberta e
com a boca fechada.
Posição do Paciente Posicione o paciente de pé ou em decúbito ventral.
Repouse o aspecto lateral da cabeça contra a superfície da mesa/ Bucky
vertical, com o lado de interesse mais próximo ao filme.
Ajuste a cabeça para uma posição lateral verdadeira e mova o corpo do
paciente em uma direção oblíqua, conforme o necessário para o
conforto do paciente.
Alinhe a linha interpu pilar perpendicular ao filme.
Alinhe o plano mediossagital paralelo à superfície da mesa/Bucky.
Posicione a linha infra-orbitomeatal perpendicular à borda frontal do filme.
Raio Central
Angule o RC 25 a 30° caudal mente, centrado para 1/2 polegada (1,3 cm)
anteriormente e 2 polegadas (5 cm) superiormente à face superior do MAE.
Centre o filme para a ATM projetada.
DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

17 de jul. de 2010

Sialografia

Introdução
o exame radiográfico das glândulas salivares e duetos associados por
procedimentos de sialografia convencional realçada com contraste foi
amplamente substituído por exames de TC e RM onde essas modalidades
estão disponíveis. Entretanto, os técnicos ainda devem ser capazes de
realizar esse procedimento conforme descrito neste capítulo quando solicitado,
como é evidenciado pelos levantamentos nacionais realiza¬dos no Canadá
e nos Estados Unidos em 1999.A anatomia específica para a
sialografia inclui as glândulas salivares e os duetos associados de cada um
dos três pares principais de glândulas.
Definição e Objetivo
Sialografia é o exame radiográfico dos duetos salivares e do tecido
parenquimatoso associado das glândulas salivares após a injeção de um
contraste. O objetivo de uma sialografia é opacificar o dueto salivar de
interesse e o tecido glandular associado para demonstrar processos patológicos
potenciais. A administração de contraste preenche o dueto salivar e flui
distalmente aos dúetulos intraglandulares para de¬linear a glândula salivar.
Devido à estreita proximidade dos três pares de glândulas salivares, podem
ser obtidas imagens de apenas um dos duetos salivares e sua glândula de
cada vez.
Indicações Clínicas
A sialografia é realizada quando os sintomas do paciente indicam um processo
patológico do dueto ou glândula salivar em potencial. Edema e dor recorrente
são sintomas típicos exibidos pelos pacientes. O processo patológico
demonstrado pode incluir obstrução do sistema duetal por cálculos, estenoses
ou tumores localizados no interior do dueto.
Sialeetasia (dilatação de um dueto) pode ser avaliada, assim como a
extensão de uma possível fístula. A sialografia é essencial em casos
pré-operatórios de condições patológicas reconhecidas das glândulas salivares.
Contra-indicações
A sialografia é contra-indicada na inflamação ou infecção grave da glândula
ou dueto salivar. Além disso, como o procedimento envolve a administração
de um contraste, estaria contra-indicado em qualquer paciente com história
de alergia conhecida a contraste iodado.
Preparo do Paciente
o paciente deve ser instruído a tirar quaisquer dentaduras ou outras próteses dentárias removíveis. Todos os itens radiopacos, tais como jóias, devem ser retirados da região da cabeça e pescoço. O procedimento e as possíveis complicações devem ser explicados ao paciente antes do exame, e um consentimento informado deve ser obtido.
Colocação da Cânula/Cateter e Processo de Injeção
o procedimento tem início com a localização do orifício do dueto selecionado. Para obtê-Ia, o médico pode palpar a glândula salivar ou pedir ao paciente que chupe uma fatia de limão. Uma vez localizado, o dueto pode ser acessado com uma sonda lacrimal ou um dilatador rombo de dupla extremidade para canulização. Para assegurar que nenhum ar seja injeta¬do no dueto, a cânula selecionada deve ser preenchida com o contraste antes de sua inserção no dueto. Uma agulha borboleta modificada ou um cateter de sialografia é então colocado no interior do dueto. ,
Antes do procedimento de injeção, a cânula e qualquer tubulação devem ser imobilizadas. Essa imobilização é realizada pela colocação de apoios de gaze estéril entre o sítio canulado e a língua e/ou por instrução ao paciente para fechar a boca ao redor da tubulação.
Fonte: Tratado de Tecnicas Radiologicas e Base Anatomicas

Incidência Axial Sela Turca "metodo de Towne"

Adenomas hipofisários podem alterar a morfologia da sela turca.
Fazer a radiografia com o paciente na posição ortostática ou no decúbito dorsal.
Posição da Parte
Apoiar a parte posterior do crânio do paciente contra a mesa/superfície
do Bucky. Flexionar o pescoço para trazer a LlOM
perpendicularmente ao filme.
Alinhar o plano mediossagital perpendicularmente à linha média do
porta¬filme ou da mesa/superfície do Bucky.
Raio Central
Angular o RC 37° caudal à LOM se o dorso da sela e os processos
clinóides posteriores forem o interesse principal.
Angular o RC 30° caudal se os processos clinóides anteriores
forem o interesse principal.
Centralizar no plano mediossagital 1 1/2 polegada (4 em) acima do
arco superciliar. (O RC sairá no forame magno.)
Centralizar o filme com o RC projetado.
DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm).

Incidência Axial PA –Tunel


Fossa intercondiliana, côndilos femorais, platôs tibiais e a eminência intercondiliana são demonstrados e podem evidenciar patologias ósseas ou cartilaginosas, defeitos osteocondrais ou estreitamento do espaço articular.

Observação: Dois métodos são descritos para demonstrar essas estruturas.
O decúbito ventral é mais fácil para o paciente. O método de Holmblad
(de joelhos) oferece uma outra opção com uma incidência ligeiramente diferente
dessas estruturas com um aumento na flexão do joelho.Posição do Paciente
Realizar a radiografia com o paciente em decúbito ventral; colocar travesseiro
sob a cabeça.
2. Pedir ao paciente que se ajoelhe sobre a mesa de exame.

Decúbito ventral
Flexionar os joelhos a 40° a 50°; colocar apoio sob o tornozelo.
Centralizar o chassi com a articulação do joelho considerando a incidência do
ângulo do Rc.
Com o paciente ajoelhado e as mãos apoiadas sobre a mesa de exame, colocar o chassi sob o joelho afetado e centraliza-lo com a crista poplítea.
Solicitar ao paciente que apóie o peso do corpo principalmente no Joelho oposto
(não-afetado).
Colocar apoio almofadado sob o tornozelo e a perna do membro afetado para
reduzir a pressão sobre o joelho lesado.
Solicitar ao paciente que, lentamente, se incline para a frente 20° a 30°
e se mantenha nessa posição. (Resulta em uma flexão do joelho de 60° a 70°.)

Esofagografia

As radiografias simples do tórax têm pouca utilidade, mas estão indicadas em certas situações, tal como quando um corpo estranho opaco, talvez um osso ou uma moeda, fica preso no esôfago. O enfisema cervical ou mediastinal visível nas radiografias simples geralmente indica ruptura do esôfago ou do trato respiratório. Este achado deve conduzir a um exame contrastado.
Esofagografia
É o nome dado ao exame radiológico especifico da faringe e do esôfago.
Este exame objetiva a obtenção de imagens desde a faringe até a porção abdominal do esôfago, estudando a forma e a função da deglutição.
Indicações: anomalias congênitas, câncer, corpos estranhos, varizes esofágicas, refluxo.
Técnicas Radiograficas
Paciente em ortostático. Neste exame o paciente deverá ingerir cerca de 150 ml de contraste de sulfato de bário em três fases, ou seja, 50 ml em cada fase.
Na primeira fase, irá ingerir 50 ml de contraste e realizar a incidência AP de esôfago
Na segunda fase, irá ingerir 50 ml de contraste e realizar a incidência oblíqua (OA )
Na terceira fase, irá ingerir 50 ml de contraste e realizar a incidência P (perfil)
R.C. - perpendicular ao tórax, entrando na fúrcula esternal
Incidências adicionais são adquiridas com o auxilio da fluoroscopia de acordo com as intercorrencias do exame.
Chassis - 30 x 40na longitudinal
Com Bucky
Preparo do paciente para esofagografia
Como o esôfago está vazio a maior parte do tempo, não é necessário
Preparo para a esofagografia, a menos que se planeje a realização de
Uma SEED. Quando combinada com a seriografia do TGI alto, ou se
Interesse primário é o esôfago distal o preparo para a seriografia
Ganha prioridade
Contra indicação para esofagografia
Não há grandes contra-indicações para o exame de
Esofagografia, exceto uma possível hipersensibilidade
Ao contraste usado. O radiologista deve determinar se
o paciente tem uma história de sensibilidade ao bário
Ou ao contraste solúvel em água, caso este seja usado.

15 de jul. de 2010

Hiperextensão do quadril: uma nova incidência radiográfica na epifisiólise femoral proximal


A epifisiólise é uma afecção caracterizada pelo “enfraquecimento”
da placa de crescimento, que propicia
o escorregamento epifisário proximal do fêmur (EEPF)
em relação ao colo. Os autores apresentam uma nova
incidência radiográfica nesses quadris, idealizada por
José Carlos Lopes Prado. O paciente é posicionado em
decúbito ventral, com o quadril hiperestendido e a direção
do feixe de raios X se faz de posterior para anterior.
Com isso, conseguem comprovar que a epífise nos
casos de escorregamentos crônicos progressivos escorrega
quase exclusivamente para posterior e perpendicularmente
ao grau de anteversão do colo femoral. O
conhecimento e a utilização desta técnica têm implicação
direta no adequado planejamento terapêutico das
epifisiolisteses.A epifisiólise ou escorregamento epifisário proximal do
fêmur (EEPF) é uma doença que ocorre no período pré-puberal
ou puberal da criança. A afecção, de etiologia desconhecida,
é caracterizada pelo “enfraquecimento” ao nível
da camada hipertrófica da placa de crescimento, o que propicia
que a epífise se desloque de sua posição anatômica
normal em relação ao colo femoral. Clinicamente, o escorregamento
pode apresentar-se nas formas aguda, crônica
ou crônica agudizada.
Posição
O paciente é posicionado na mesa de raios X, em decúbito
ventral (pronado). Elevamos a bacia no lado oposto ao
comprometido, devido à atitude de rotação externa do membro,
até que a coxa esteja neutra ou em discreta rotação
interna. Para auxiliar neste posicionamento do quadril, fletimos
o joelho e, quando a perna estiver perpendicular à
mesa, o fêmur estará em rotação neutra. Executa-se, a seguir,
a hiperextensão do quadril em relação ao plano da
mesa de exame.
O feixe de raios X, após esse posicionamento, deve incidir
perpendicularmente à mesa, possibilitando a imagem
do contorno epifisário real, tal como seria observado na
projeção ântero-posterior clássica de um quadril normal.
Nessa incidência em hiperextensão, o que importa é a
colocação do fêmur proximal absolutamente de frente, não
importando se, para o posicionamento correto, a bacia se
encontre em extensão, elevação e/ou rotação.

14 de jul. de 2010

Urografia Excretora

Freqüentemente é o exame radiológico inicial em casos de dores nas vias urinárias, hematúria, infecção do trato urinário, obstrução aguda, massas renais, urolitíase, nefrocalcinose e anormalidades congênitas. Este exame proporciona informações anatômicas essenciais e demonstra a função de todo o trato urinário. A urografia excretora é completada pela Ultrasonografia ou Tomografia Computadorizada que fornecem informações anatômicas adicionais e podem mostrar as características de uma massa tumoral. Em geral o trato urinário tubular é mais bem avaliado por exames contrastados, porque estes revelam a aparência da luz e as características do fluxo líquido.
Há muitos métodos de realização de urografia excretora. Um exame padrão inclui radiografia simples (Raio-X), radiografia imediatamente subseqüente à administração de contraste (imediata ou no minuto zero), radiografia de 5 , 10, 15 e 20 minutos após a administração do contraste, radiografias da bexiga cheia e após a micção. Incidências oblíquas ou tomográficas dos rins são freqüentemente obtidas, dependendo das circunstâncias clínicas. Geralmente são feitas menos incidências em crianças que em adultos. A radiografia simples demonstra a localização de calcificações e anormalidades abdominais e indica a técnica radiográfica ideal. A incidência imediatamente pós-injeção de contraste mostra a intensificação das estruturas vasculares e do córtex renal e demonstra os contornos dos rins. As incidências de 5, 10 e 15 minutos mostra o enchimento do sistema coletor e dos ureteres. O estudo da bexiga mostra seus contornos e a urina residual, na pós-miccional.
A Urografia Excretora possibilita a avaliação do tamanho, eixo, contorno e simetria funcional dos rins. O comprimento do rim depende da idade, sexo e constituição física do paciente, mas geralmente equivale à altura de três ou quatro corpos vertebrais. Rins parcialmente duplicados ou únicos são maiores. O eixo renal, uma linha imaginária que passa pelos pólos superior e inferior do rim, tem geralmente ângulo de cerca de 15 graus lateralmente em direção caudal. A orientação diferente do eixo renal pode ocorrer em conseqüência de anormalidade congênita ou adquirida. Os contornos renais devem ser totalmente visíveis e regulares. As lobulações geralmente são variações normais. Os rins devem funcionar pronta e simultaneamente; o retardo relativo no funcionamento pode sugerir perfusão deficiente ou obstrução. Os sistemas coletores intra-renais devem mostrar enchimento simétrico das papilas, sem distensões ou defeitos de enchimento, portanto, o objetivo de uma Urografia Excretora é visualizar a porção coletora do sistema urinário e avaliar a capacidade funcional dos rins.
Os ureteres muitas vezes não são inteiramente visíveis, apesar de grandes esforços para mostrá-los com o paciente em diversas posições. Na incidência em antero-posterior eles geralmente aparecem ao longo dos processos transversos, desviam-se lateralmente à altura das articulações sacro-ilíacas e penetram na bexiga póstero-lateralmente.
A bexiga é avaliada quanto ao tamanho e ao contorno, que deve ser arredondada e regular, o volume após micção, normalmente é inferior a 100 ml, a impressão prostática ou uterina e a irregularidades da parede interna são mais bem observadas na incidência pós-miccional.

Para CONTER, acordo com Biomédicos é retrocesso

O Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) considera um retrocesso incalculável o acordo firmado entre o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 5ª região – São Paulo e o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). O acordo abstém a aplicação de autuações e/ou multas aos médicos, clínicas e hospitais que empregam o profissional biomédico para o exercício das atividades das técnicas radiológicas.

Segundo a presidente do CONTER, Valdelice Teodoro, a entidade solicita esclarecimento ao regional, pois “acredita que a decisão trará prejuízo aos setenta e três mil profissionais legalmente habilitados para o exercício da profissão”.

O CONTER aguarda decisão da justiça em outras ações sobre a atuação dos biomédicos nas técnicas radiológicas. Para o CONTER, os Conselhos Regionais devem continuar coibindo a pratica ilegal, denunciando ao Ministério Público quem estiver exercendo a profissão de tecnólogo/técnico em radiologia sem formação específica e sem inscrição nos respectivos Conselhos de radiologia.

ENTENDA O CASO - A polêmica vem se arrastando há dez anos, quando o biomédico começou a adentrar à área da radiologia, alegando amparo na lei que regulamentou sua profissão, e baixando resoluções normatizando tais atribuições.

Para o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER), determinar através de uma resolução que o biomédico pode atuar em todas as áreas da radiologia, é simplesmente atropelar uma outra profissão devidamente regulamentada a 25 anos, para este fim.

O conteúdo programático do curso de biomedicina aprovado pelo MEC, é voltada para atuação em laboratórios de análises clínicas e radiológicas; e pesquisas, diferentemente da formação dos profissionais em Radiologia, que tem formação de, no mínimo, 1.200 horas para técnicos e 2.400 horas para tecnólogos, além de estágios, especificamente aplicadas à tecnologia radiológica.

O profissional que atua na área da radiologia possui também formação em proteção radiológica objetivando resguardar a saúde de uma forma ampla na preservando a sociedade dos malefícios causados pela empregabilidade indevida e desnecessária das radiações ionizantes.
Fonte:www.Conter.com.br

13 de jul. de 2010

Enema Opaco

È o estudo radiológico contrastado do intestino grosso e requer um preparo intestinal prévio sob critério médico, variando de paciente para paciente (de acordo com a função intestinal de cada indivíduo). Realiza-se uma radiografia piloto (Simples de Abdômen), caso o preparo não seja satisfatório, é aconselhável suspender a realização do exame, exceto a critério médico.

Sendo o preparo intestinal adequado

* Deve-se realizar a passagem de sonda retal, através da qual será injetada uma substância radiopaca positiva, não hidrossolúvel (sulfato de bário ), diluída em água ou soro fisiológico na proporção aproximada de 80% bário e 20% água:
* O meio de contraste, injetado via retrógrada no intestino grosso, deve atingir até a região do ceco (acompanhar através de escopia, ou monitoração TV)
* Retira-se o excesso de contraste positivo e injeta-se aproximadamente 200 cc de ar (contraste negativo - duplo contraste ) até causar um enchimento das alças intestinais (distençao).

As radiografias simples do abdome são muito úteis na identificação da obstrução colônica, do íleo colônico e da síndrome do mega-cólon tóxico na doença inflamatória do intestino. É possível observar rapidamente o cólon dilatado em todas essas patologias.

Os exames uni e bi-contrastados com sulfato de bário são métodos habituais no estudo dos cólons. Com procedimentos fluoroscópicos e radiográficos combinados, o contraste é introduzido pelo reto e acompanhado por fluoroscopia. Há controvérsia quanto aos estudos uni e bi-contrastados, mas prevalece a opinião de que as lesões menores do cólon, como as úlceras aftosas e os pólipos pequenos, são mais bem identificados com o método de duplo contraste.

A limpeza do cólon é de suma importância no enema opaco. Foram tentadas todas as combinações de catárticos e enemas. Entre os esquemas que funcionam melhor, inclui-se o uso de laxativo com grandes quantidades de líquido por via oral (este último atuando como lavagem).

Estão indicados os clisteres com contraste hidrossolúvel quando se suspeita de perfuração colônica; são usados eventualmente para amolecer um fecaloma. A ultra-sonografia pode ajudar muito na identificação de abcessos e do espessamento da parede intestinal que acompanha a doença inflamatória. Por vezes, a ultra-sonografia também revela massas abdominais não-palpáveis. Com freqüência, a ultra-sonografia não é útil para detectar as lesões intraluminais comuns em virtude do gás colônico. A TC consegue revelar abcessos, diverticulos, diverticulite e linfadenopatias.

Objetivo:
O objetivo do enema opaco é estudar radiológicamente a forma e a função do intestino grosso, bem como detectar quaisquer condições anormais.Tanto o enema baritado com contraste simples quanto com duplo contraste incluem um estudo de todo o intestino grosso.

Preparo do paciente:
Jejum absoluto de 8 a 10 hs antes do exame
o paciente é instruído a não mascar chicletes ou fumar cigarros durante o jejum
realizar limpeza intestinal por via oral (laxante) e por via retal (fleet - enema)

A porção do canal alimentar a ser examinada deve estar vazia. A limpeza completa de todo o intestino grosso é de extrema importância para o estudo contrastado satisfatório do intestino grosso.

Método Imaginológico:
Realizar radiografia piloto, contendo todo o trato GI, e introduzir o contraste até atingir o nível do ângulo hepático (flexura), posteriormente sub¬ mete-se o paciente à algumas manobras abdominais, afim de que o contraste alcance a região do ceco.

Com as alças intestinais cheias de contraste, radiografa-se em projeção AP ( abdome panorâmico). Retira-se somente o excesso de contraste e injeta-se ar através do insulflador até causar um certo desconforto ao paciente (cólica), obtendo assim o duplo contraste (Prova de Fisher), radiografando o paciente em projeção PA., (todo o intestino grosso).

Logo em seguida, coloca-se o paciente em projeção P ( perfil ), visualizando assim o reto em perfil. Depois são realizadas as projeções:
O.A.D. para visualização detalhada da flexura esplênica
O.A.E. para visualização detalhada da flexura hepática
A.P., com uma angulação no R.C. entre 20 e 30 graus cranial chassis 35x43 ( axial de sínfíse púbica), para estudo do cólon sigmóide de frente.

Indicações clínicas
As indicações clínicas do enema opaco incluem:
• Colite
• Diverticulose/Diverticulite
• Neoplasias
• Volvo
• Intussuspção
• Apendicite

É importante rever o prontuário ou histórico do paciente para determinar se o mesmo foi submetido a uma sigmoidoscopia ou colonoscopia antes de realizar o exame. Se foi realizada uma biopsia do cólon durantes estes procedimentos, a porção envolvida da parede do cólon pode estar enfraquecida, o que pode levar a perfuração durante o exame. O médico radiologista deve ser informado desta situação antes do início do exame. Preparo do paciente: O preparo do paciente para um enema opaco é mais complicado que o preparo para o estômago e intestino delgado. Entretanto o objetivo final é o mesmo. A porção do canal alimentar a ser examinada deve estar vazia, a limpeza completa de todo o intestino grosso é de extrema importância para o estudo contrastado satisfatório do intestino grosso. Para obter melhores resultados, os procedimentos de limpeza intestinal são especificados em folhetos com instruções aos pacientes, quando acontece o agendamento para a realização do exame. Deve ser enfatizada ao paciente a importância do intestino limpo para realizar o enema opaco, pois o material fecal retido pode encobrir a anatomia normal ou fornecer falsa informação diagnóstica, devendo o exame ser remarcado após preparo adequado.

Preparo do paciente:
O preparo do paciente para um enema opaco é mais complicado que o preparo para o estômago e intestino delgado. Entretanto o objetivo final é o mesmo. A porção do canal alimentar a ser examinada deve estar vazia, a limpeza completa de todo o intestino grosso é de extrema importância para o estudo contrastado satisfatório do intestino grosso. Para obter melhores resultados, os procedimentos de limpeza intestinal são especificados em folhetos com instruções aos pacientes, quando acontece o agendamento para a realização do exame. Deve ser enfatizada ao paciente a importância do intestino limpo para realizar o enema opaco, pois o material fecal retido pode encobrir a anatomia normal ou fornecer falsa informação diagnóstica, devendo o exame ser remarcado após preparo adequado.

Comissão de Trabalho aprova regulamentação do tecnólogo

A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou proposta que regulamenta a profissão de tecnólogo. Pelo texto aprovado, o exercício da profissão será privativo dos diplomados em cursos superiores de tecnologia reconhecidos oficialmente. O texto é um substitutivo do relator, deputado Vicentinho (PT-SP), ao Projeto de Lei 2245/07, do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).
A exigência do diploma já estava prevista no texto original da proposta. O relator mudou as normas para regulamentar as atribuições do tecnólogo. Ele estabelece, no substitutivo aprovado, que as atribuições da profissão serão definidas por meio de resoluções dos conselhos de fiscalizações do exercício profissional. A primeira versão do texto enumerava as atribuições da profissão. “Como os tecnólogos exercem uma gama variada de atividades, é provável que uma lei que regulamente o exercício de seu ofício não consiga englobar as ocupações de todos os profissionais”, afirma.
O substitutivo também retira da proposta referência às áreas de competência contempladas no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, elaborado pelo Ministério da Educação. “Uma lei que vise regulamentar uma profissão não pode estar atrelada à classificação de um guia que tem como objetivo orientar a oferta de cursos”, argumenta.
Além disso, Vicentinho retira do projeto a referência à fiscalização e ao registro do exercício da profissão tanto por conselhos quanto pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O relator vincula a fiscalização apenas aos conselhos já existentes. O texto também define que caberá às faculdades que mantenham curso de tecnologia encaminhar às instituições incumbidas da fiscalização as características dos profissionais por ela diplomados.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

12 de jul. de 2010

Histerossalpingografia

O exame contrastado de Raios-X é indicado quando há necessidade de se investigar órgãos e estruturas que não sejam visualizados pela técnica radiográfica simples. Esses órgãos e estruturas tornam-se visíveis pela ingestão ou injeção de substâncias chamadas de contrastes, que são opacos à radiação. A Histerossalpingografia é um exame utilizado para avaliação da anatomia uterina e da permeabilidade tubária, com o objetivo de se investigar, principalmente, a infertilidade primária ou secundária. Para a sua realização é necessária a introdução de contraste iodado no colo uterino, com o objetivo de opacificar o útero e as trompas.
Este exame necessita de preparo prévio.
Caso você tenha tido reação alérgica a contraste iodado, medicamentos a base de iodo ou alimentos como camarão e frutos do mar, favor avisar previamente a um dos médicos da equipe, pois, eventualmente, será necessário o uso de medicação antialérgica antes da realização do exame.
O exame deverá ser realizado entre o 6º e o 12º dias do ciclo menstrual, sendo o primeiro dia considerado o do início da menstruação. Caso seu médico solicite a realização do exame em qualquer outra fase do ciclo, consultar um dos médicos da nossa equipe.
Fazer pausa sexual por 72 horas antes do exame.
Tomar um comprimido de Feldene® ou Buscopan® cerca de 30 minutos antes da hora agendada para seu exame. Caso tenha alguma restrição ao uso dessas medicações, por favor, avise a um dos médicos da equipe para que possamos substituí-lo por outro semelhante.
Se houver suspeita de gravidez o exame não deverá ser realizado.
Procure usar roupas confortáveis, preferencialmente de duas peças.
Menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável legal.
Procure usar roupas confortáveis, preferencialmente de duas peças.
Caso tenha exames anteriores relacionados à região a ser examinada pedimos a gentileza de trazê-los. A comparação com exames anteriores proporciona diagnósticos mais precoces e evita, muitas vezes, a realização de incidências adicionais.
Em caso de dúvidas, sinta-se à vontade para falar com um dos médicos da equipe. Estamos à sua disposição para qualquer esclarecimento.
Seu exame será entregue no local de sua escolha, em até três dias úteis, salvo quando houver necessidade de uma avaliação mais ampla, que dependa de um conjunto de profissionais. As imagens de seu exame e o respectivo laudo estarão disponíveis em nosso site no mesmo prazo. Para acessá-los serão fornecidos número de usuário e senha pessoal no dia da realização dos mesmos.
Os resultados dos seus exames, disponibilizados na web, permitem que o seu médico tenha acesso às imagens e à análise diagnóstica a qualquer momento, auxiliando-o na condução de seu caso.

O Que é o Técnico em Radiologia e o que faz?


O técnico em radiologia é o profissional de saúde que atua nos serviços de diagnóstico por imagens, em hospitais e clínicas radiológicas, sob a supervisão de médicos radiologistas, na aquisição de imagens analógicas e digitais com raios-X e no radiodiagnóstico, na evolução e estadiamento das diferentes patologias, em ambulatórios, unidades de terapia intensiva, centros cirúrgicos e unidades de internação e de pronto atendimento.

Pode participar de processos administrativos pertinentes aos segmentos radiológicos, bem como atuar nas indústrias de equipamentos, empresas de serviços e de insumos relacionados à radiologia.

Onde poderá atuar o Técnico em Radiologia?

O Técnico em radiologia médica poderá atuar: em hospitais, clínicas e laboratórios radiológicos, públicos ou privados, em empresas de equipamentos médicos e como docente, em instituições de ensino.

Perfil Profissional do Técnico em Radiologia.
Identificar a estrutura e a organização do sistema de saúde vigente.
Interpretar e aplicar normas do exercício da profissão e os princípios éticos que regem conduta do profissional.
Identificar funções e responsabilidades dos membros da equipe de trabalho.
Planejar e organizar o trabalho na perspectiva de um atendimento de qualidade
Identificar e organizar o trabalho na perspectiva de um atendimento de qualidade.
Diferenciar e avaliar rotinas, protocolos de trabalho, instalações e equipamentos.
Manejar aparelhos de Raios-X para tirar radiografias, sob direção do médico, a fim de facilitar o diagnóstico.
Realizar a orientação do cliente/paciente, quando do agendamento do exame, com relação aos cuidados e/ou restrições que devem preceder o procedimento.
Realizar o preparo psicológico do cliente/paciente, para obter sua colaborção e minimizar o estresse durante o procedimento.
Preparar o paciente para exposição aos Raios X, identificando os cuidados e procedimentos necessários.
Correlacionar a anatomia humana com a anatomia radiológica.
Acionar os comandos dos aparelhos, regulando a duração e a intensidade da exposição.
Revelar, lavar e secar os filmes radiográficos.
Efetuar pequenos reparos nas máquinas.
Registrar ocorrências e serviços prestados de acordo com as exigências de seu campo de atuação.
Utilizar recursos e serviços prestados de acordo com as exigências de seu campo de atuação.
Realizar primeiros socorros em situações de emergência.

11 de jul. de 2010

Pé Sem Perna


Posição do Paciente:Paciente em ortostático, com os pés sobre o chassi, com o pé em AP (paciente em pé sobre o chassi).
Filme: 24 x 30 panorâmico na longitudinal, sem bucky.
DFoFi: 1 metro.
Raio Central:Neste exame, são realizados dois disparos de raios-x .
1º RC:Entrando no 3º metartaso, na parte medial. O RC deve ser angulado caudal, de forma que faça um ângulo perpendicular ao dorso do pé. Dessa forma as articulações dos ossos do tarso, serão vistas na radiografia sem sobreposição (estarão "mais abertas").
2º RC: Entrando no calcâneo angulado de 25 a 40 graus, caudal.
Devido a densidade da perna, a atenuação dos raios-x não atingirão essa parte do filme, deixando essa parte do filme "virgem", para o segundo disparo, onde será radiografado o câlcaneo axial.

Obs.: Essa incidência é útil para demonstrar o eixo do 1º com o 2º metatarso, para avaliação de pé plano. Avalia-se também a joanetes. IC: Fraturas, joanetes e pé plano.

Displasia Coxofemoral ( Doença dos Quadris)


Doença que afeta as articulações da bacia, provocando um desgaste ósseo entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, gerando um quadro de dor no paciente, podendo chegar a impedi-lo de andar. Geralmente é mais problemático em raças de grande porte, tais como Pastor Alemão, Rottweiler, Labrador, São Bernardo etc., mas pode ocorrer em raças menores como os poodles, pinschers, yorkshires, etc...
Patologia de característica genética, herança poligênica e alta herdabilidade, com forte influência do meio - ambiente.
Em trabalho pioneiro nessa área, Hedhammer et all. (1974), concluíram que a ingestão de altos níveis de energia e cálcio promove uma rápida taxa de crescimento em filhotes de raças grandes, o que aumenta o risco de ocorrência de doenças articulares.
O paciente apresenta, no início do problema, claudicação leve e resistência ao exercício físico, evita levantar depressa, senta em posicão lateral, as vezes mostra-se triste com falta de apetite e em casos mais graves pode apresentar paralisia do quadril, nem sempre respondendo ao tratamento medicamentoso.
A forma mais eficiente de prevenção é através de um trabalho de seleção genética, onde se busca o acasalamento controlado entre animais normais ao exame radiológico, reduzindo assim a incidência do problema na ninhada. É importante frisar a forte influência do ambiente, principalmente nos seis primeiros meses de vida, onde um piso inadequado (liso) e excesso de alimentação e/ou suplementação pode acentuar o problema trazendo graves conseqüências ao paciente.
Diante do apresentado vimos a grande importância de basear a criação, primeiramente em seleção genética, buscando o apoio de criadores mais experientes, adquirindo animais com acompanhamento radiográfico dos antecedentes e dos parentes laterais (irmãos), procurando acasalar animais preferencialmente HD (-), ou buscando machos HD (-) para fêmeas com baixos graus de displasia, HD (+ / -) e HD (+), evitando machos displásicos, que irão transmitir as características genéticas para um maior número de filhos, mesmo que com excelentes resultados e premiações em pistas.
Todas essas medidas têm uma grande importância técnica e financeira para o canil, pois a radiografia oficial é feita, no mínimo, aos 12 meses de idade e algumas raças aos 18 meses, com enorme prejuízo se o animal não estiver apto à reprodução. A realização da radiografia obedece alguns protocolos indispensáveis, a começar pelo jejum de 12 horas necessário para a realização da anestesia geral, avaliação clínica no preparo, durante e após a realização do exame por médico – veterinário. A elaboração do laudo pode ser feita por radiologista veterinário obedecendo às normas de aferição, porém a entidade credenciada por órgãos internacionais para emissão do laudo oficial é o Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária, sito em São Paulo.

Radiologia e suas Especialidades

Radiologia é a parte da ciência que estuda órgãos e/ou estruturas através da utilização dos raios-x, envolvendo um processo de revelação. No Brasil o Conselho Federal de Medicina reconhece a especialidade pelo nome de "Radiologia e Diagnóstico por imagem".

Nas últimas décadas foram acrescentados novos métodos aos já tradicionais raios-x. A ultrassonografia, a ressonância magnética nuclear , a mamografia, os novos equipamentos de tomografia computadorizada e muitos outros avanços vieram a contribuir para tornar essa área ainda mais interessante. A radiologia está dividida em especialidades, tais como:

. Médica (para estudos de orgãos e estruturas de humanos);
. Odontológica (para estudos da odontologia);
. Veterinária (para estudos dos animais);
. Metalúrgica (para estudos de peças,placas e soldas);
. Esterelização (no tratamento de eliminação de bactérias e fungos);
. Ambiental (para atenções dadas ao tratamento de solos);
. Científica (no que se refere a docencia, estudos e pesquisas);
. Alimentícia (no tratamento de eliminação de bactéria e fungos);
. Projetos (quando envolve equipamentos médicos).

Angiografia ou Arteriografia


A arteriografia ou angiografia é um exame que utiliza contraste e que permite visualizar a luz (parte interna da artéria aonde circula o sangue), das mais diversas artérias de todo o organismo. Este exame pode diagnosticar e avaliar a gravidade de doenças que acometem as artérias, como a aterosclerose, os aneurismas e as má formações.
A arteriografia poderá ser realizada na aorta (em suas três porções: ascendente, torácica e abdominal), artérias cerebrais (carótidas, vertebrais e seus ramos) e nas artérias periféricas (renais, mesentéricas e dos membros inferiores). A arteriografia poderá ser eletiva (programada) ou realizada de forma emergencial (por exemplo, em uma dissecção aguda da artéria aorta).
Orientações antes do exame:
- Jejum de, pelo menos, seis horas. É necessário a presença de um acompanhante, preferencialmente um familiar , durante o exame.
- Medicações de uso habitual não deverão ser suspensas , exceto os anticoagulantes orais , por 5 a 7 dias, pelo risco de sangramento (o RNI deve estar abaixo de 1,5) e a metformina (medicação para o tratamento do diabete melito) por 48 horas, pelo risco de interação adversa com o contraste e lesão renal.
- Exames de interesse deverão ser trazidos no dia do exame (ecodoppler vascular ou outros realizados previamente).
- Pacientes alérgicos a contraste deverão fazer um preparo prévio ao exame com medicações anti-alérgicos.
- Pacientes com disfunção renal, ou com risco de desenvolvê-la, poderão necessitar de alguma medicação ou internação prévia para hidratação com soro fisiológico, visando minimizar riscos de disfunção renal ocasionada pelo contraste do exame (este deverá ser de um tipo especial, com menos potencial de lesar o rim). Pacientes renais crônicos deverão fazer diálise no dia que antecede o exame.
Como é feita ?
- A arteriografia geralmente é realizado apenas com uma anestesia no local, aonde é introduzido o cateter. No entanto, poderá ser realizado sob anestesia geral de curta duração. O exame é realizado em um local apropriado, chamado de laboratório de hemodinâmica, o qual é aparelhado com todos os equipamentos e as medicações necessárias para a realização do exame com segurança. Geralmente a equipe é composta por um médico, uma enfermeira e um técnico especializado.
-Com o paciente deitado em uma maca, um cateter é introduzido por uma artéria periférica (geralmente a artéria femural na virilha) e é conduzido até as artérias que serão estudadas com o exame.
-Terminado o exame, é feito um curativo compressivo no local da punção arterial. É necessário que o paciente fique internado para observação de possíveis complicações no local da punção, como por exemplo , sangramentos.
Indicações :
- Arteriografia eletiva : indicada principalmente para o diagnóstico e avaliação da gravidade da aterosclerose em diversos nos territórios arteriais, como : artérias cerebrais (doença vascular cerebral), aorta e as artérias periféricas (mesentéricas, renais e dos membros inferiores - leia as páginas sobre doenças da aorta e doença arterial periférica). Outras indicações da arteriografia incluem a investigação de aneursimas e má formações arteriais.
- Arteriografia de emergência: indicada para doenças agudas que acometem as artérias, como a dissecção aórtica aguda, as embolias (coágulos provenientes de outros locais , que entopem as artérias) ou as tromboses (formação de um coágulo em uma placa de gordura na parede da artéria , obstruindo-a gravemente).
Riscos:
As complicações mais comuns são : reações alérgicas ao contraste , sangramentos no local da punção ( podendo haver a formação de um hematoma ou levar a uma anemia aguda ) , reação vaso-vagal ( queda da pressão arterial acompanhada de sudorese e palidez ) e disfunção renal induzida pelo contraste. Complicações graves são muito raras.

Ultra-Sonografia ou Ecografia


A ultra-sonografia ou ecografia é um método diagnóstico que aproveita o eco produzido pelo som para ver em tempo real as reflexões produzidas pelas estruturas e órgãos do organismo. Os aparelhos de ultra-som em geral utilizam uma freqüência variada dependendo do tipo de transdutor, desde 2 até 14 Mhz, emitindo através de uma fonte de cristal piezoelétrico que fica em contato com a pele e recebendo os ecos gerados, que são interpretados através da computação gráfica. Quanto maior a frequência maior a resolução obtida. Conforme a densidade e composição das estruturas a atenuação e mudança de fase dos sinais emitidos varia, sendo possível a tradução em uma escala de cinza, que formará a imagem dos órgãos internos. A ultra-sonografia permite também, através do efeito doppler, se conhecer o sentido e a velocidade de fluxos sanguíneos. Por não utilizar radiação ionizante, como na radiografia e na tomografia computadorizada, é um método inócuo, barato e ideal para avaliar gestantes e mulheres em idade procriativa. A ultra-sonografia é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais versáteis e oblíquos, de aplicação relativamente simples e com baixo custo operacional. A partir dos últimos vinte anos do século XX, o desenvolvimento tecnológico transformou esse método em um instrumento poderoso de investigação médica dirigida, exigindo treinamento constante e uma conduta participativa do usuário.
Características: Esta modalidade de diagnóstico por imagem apresenta características próprias:
-É um método não invasivo ou minimamente invasivo.
-Apresenta a anatomia em imagens seccionais ou tridimensionais, que podem se adquiridas em qualquer orientação espacial.
-Não possui efeitos nocivos significativos dentro das especificações de uso diagnostico na medicina.
-Não utiliza radiação ionizante.
-Possibilita o estudo não invasivo da hemodinâmica corporal através do efeito Doppler.
-Permite a aquisição de imagens dinâmicas, em tempo real, possibilitando estudos do movimento das estruturas corporais.
O método ultra-sonográfico baseia-se no fenômeno de interação de som e tecidos, ou seja, a partir da transmissão de onda sonora pelo meio, observamos as propriedades mecânicas dos tecidos. Assim, torna-se necessário o conhecimento dos fundamentos físicos e tecnológicos envolvidos na formação das imagens do modo pelo qual os sinais obtidos por essa técnica são detectados, caracterizados e analisados corretamente, propiciando uma interpretação diagnóstica correta. Além disso, o desenvolvimento contínuo de novas técnicas, a saber: o mapeamento Doppler, os meios de contraste, os sistemas de processamento de imagens em 3D, as imagens de harmônicas e a elastometria exigem um conhecimento ainda mais amplo dos fenômenos físicos. A ultra-sonografia pode contribuir como auxílio no diagnóstico médico e veterinário, sendo sua aplicação mais ampla atualmente em seres humanos. Pode acompanhar durante a gravidez o bebê desde seus primórdios ao nascimento, avaliando aspectos morfo-funcionais. Permite ainda a orientação de processos invasivos mesmo antes do nascimento. Interage e auxilia a todas as demais especialidades médicas e cada vez mais firma-se como um dos pilares do diagnóstico médico na atualidade.

Ressonância Magnética


A Ressonância Magnética é uma técnica que permite determinar propriedades de uma substância através do correlacionamento da energia absorvida contra a frequência, na faixa de megahertz (MHz) do espectro eletromagnético, caracterizando-se como sendo uma espectroscopia. Usa as transições entre níveis de energia rotacionais dos núcleos componentes das espécies (átomos ou íons) contidas na amostra. Isso dá-se necessariamente sob a influência de um campo magnético e sob a concomitante irradiação de ondas de rádio na faixa de frequências acima citada. Em espectroscopia, o processo de ressonância magnética é similar aos demais. Pois também ocorre a absorção ressonante de energia eletromagnética, ocasionada pela transição entre níveis de energia rotacionais dos núcleos atômicos, níveis estes desdobrados em função do campo magnético através do efeito Zeeman anômalo. Como o campo magnético efetivo sentido pelo núcleo é levemente afetado (perturbação essa geralmente medida em escala de partes por milhão) pelos débeis campos eletromagnéticos gerados pelos eletrons envolvidos nas ligações químicas (o chamado ambiente químico nas vizinhanças do núcleo em questão), cada núcleo responde diferentemente de acordo com sua localização no objeto em estudo, actuando assim como uma sonda sensível à estrutura onde se situa.
Magnetismo macroscópico e microscópico: O efeito da ressonância magnética nuclear fundamenta-se basicamente na absorção ressonante de energia eletromagnética na faixa de freqüências das ondas de rádio. Mais especificamente nas faixas de VHF. Mas a condição primeira para absorção de energia por esse efeito é de que os núcleos em questão tenham momento angular diferente de zero. Núcleos com momento angular igual a zero não tem momento magnético, o que é condição indispensável a apresentarem absorção de energia electromagnética. Razão, aliás, pertinente a toda espectroscopia. A energia electromagnética só pode ser absorvida se um ou mais momentos de multipolo do sistema passível de absorvê-la são não nulos, além do momento de ordem zero para electricidade (equivalente à carga total). Para a maior parte das espectroscopias, a contribuição mais importante é aquela do momento de dipolo. Se esta contribuição variar com o tempo, devido a algum movimento ou fenômeno periódico do sistema (vibração, rotação, etc), a absorção de energia da onda electromagnética de mesma freqüência (ou com freqüências múltiplas inteiras) pode acontecer. Um campo magnético macroscópico é denotado pela grandeza vetorial conhecida como indução magnética B (ver Equações de Maxwell). Esta é a grandeza observável nas escalas usuais de experiências, e no sistema SI é medida em Tesla, que é equivalente a Weber/m3.Em nível microscópico, temos outra grandeza relacionada, o campo magnético H, que é o campo que se observa a nível microscópico. No sistema SI é medido em Ampere/m. Rigorosamente, núcleos não apresentam spin, mas sim momento angular (excepção feita somente ao núcleo do isótopo 1 do hidrogênio, que é constituído por um único próton). Embora o spin possa ser considerado um momento angular, por terem ambos as mesmas unidades e serem tratados por um formalismo matemático e físico semelhante, nem sempre o oposto ocorre. O spin é intrínseco, ao passo que objetos compostos tem momento angular extrínseco. Contudo, motivos históricos e continuado costume levaram a esse abuso de linguagem, tolerado e talvez tolerável em textos não rigorosos. Um motivo a mais de complicação é o fato de que a moderna física de partículas considerar que certas partículas, antes pensadas como elementares (e portanto possuindo spin), sejam compostas (próton e nêutron compostos de quarks). Assim, fica um tanto impreciso o limite entre os casos onde se deva usar o termo spin e os casos onde se deva usar o termo momento angular.

Tomografia Computadorizada


A Tomografia Computadorizada ou computorizada (TC), originalmente apelidada tomografia axial computadorizada / computorizada (TAC), é um exame complementar de diagnóstico por imagem, que consiste numa imagem que representa uma secção ou "fatia" do corpo. É obtida através do processamento por computador de informação recolhida após expor o corpo a uma sucessão de raios X.
Princípios físicos: A TC baseia-se nos mesmos princípios que a radiografia convencional, segundo os quais tecidos com diferente composição absorvem a radiação X de forma diferente. Ao serem atravessados por raios X, tecidos mais densos (como o fígado) ou com elementos mais pesados (como o cálcio presente nos ossos), absorvem mais radiação que tecidos menos densos (como o pulmão, que está cheio de ar). Assim, uma TC indica a quantidade de radiação absorvida por cada parte do corpo analisada (radiodensidade), e traduz essas variações numa escala de cinzentos, produzindo uma imagem. Cada pixel da imagem corresponde à média da absorção dos tecidos nessa zona, expresso em unidades de Hounsfield (em homenagem ao criador da primeira máquina de TC).
Procedimento: Para obter uma TC, o paciente é colocado numa mesa que se desloca para o interior de um anel de cerca de 70 cm de diâmetro. À volta deste encontra-se uma ampola de Raios-X, num suporte circular designado gantry. Do lado oposto à ampola encontra-se o detector responsável por captar a radiação e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado. Nas máquinas sequenciais ou de terceira geração, durante o exame, o “gantry” descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola a emitir raios X, que após atravessar o corpo do paciente são captados na outra extremidade pelo detector. Esses dados são então processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo da secção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A “mesa” avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para obter uma nova imagem, alguns milímetros ou centímetros mais abaixo. Os equipamentos designados “helicoidais”, ou de quarta geração, descrevem uma hélice em torno do corpo do paciente, em vez de uma sucessão de círculos completo. Desta forma é obtida informação de uma forma contínua, permitindo, dentro de certos limites, reconstruir imagens de qualquer secção analisada, não se limitando portanto aos "círculos" obtidos com as máquinas convencionais. Permitem também a utilização de doses menores de radiação, além de serem muito mais rápidas. A hélice é possível porque a mesa de pacientes, ao invés de ficar parada durante a aquisição, durante o corte, tal como ocorre na tomografia convencional, avança continuamente durante a realização dos cortes. Na tomografia convencional a mesa anda e pára a cada novo corte. Na helicoidal a mesa avança enquanto os cortes são realizados.Atualmente também é possível encontrar equipamentos denominados DUOSLICE, e MULTISLICE, ou seja multicorte, que, após um disparo da ampola de raios x, fornecem múltiplas imagens. Podem possuir 2, 8, 16, 64 e até 128 canais, representando maior agilidade na execução do exame diagnostico. Há um modelo, inclusive, que conta com dois tubos de raios-x e dois detectores de 64 canais cada, o que se traduz em maior agilidade para aquisição de imagens cardíacas, de modo que não é necessário o uso de beta-bloqueadores. Permite também aquisições diferenciais, com tensões diferentes em cada um dos emissores, de modo a se obter, por subtração, realce de estruturas anatômicas.Com essa nova tecnologia é possível prover reconstruções 3D, MPR (MultiPlanarReconstrucion) ou até mesmo mensurar perfusões sanguíneas.
Características das imagens tomográficas: Entre as características das imagens tomográficas destacam-se os pixeis, a matriz, o campo de visão (ou fov, “field of view”), a escala de cinza e as janelas.O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada por uma certa quantidade de pixeis. O conjunto de pixeis está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. Quanto maior o número de pixeis numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que permite um melhor diferenciação espacial entre as estruturas. E apos processos de reconstrução matemática, obtemos o Voxel (unidade 3D) capaz de designar profundidade na imagem radiológica. O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz, por exemplo, uma matriz pode ter 512 pixeis em colunas e 512 pixeis em linhas, e se o campo de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0,023 cm (12 cm/512). Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é pequeno, como visto acima enquanto para o estudo do abdômen o campo de visão é maior, 50 cm (se tiver uma matriz de 512 x 512, então o tamanho da região que cada pixel representa vai ser cerca de quatro vezes maior, ou próximo de 1 mm). Não devemos esquecer que FOV grande representa perda de foco, e consequentemente radiação x secundaria.Em relação às imagens, existe uma convenção para traduzir os valores de voltagem detectados em unidades digitais. Dessa forma, temos valores que variam de –1000, onde nenhuma voltagem é detectada: o objeto não absorveu praticamente nenhum dos fótons de Rx, e se comporta como o ar; ou um valor muito alto, algo como +1000 ou mais, caso poucos fótons cheguem ao detector: o objeto absorveu quase todos os fótons de RX. Essa escala onde –1000 é mais escuro, 0 é um cinza médio e +1000 (ou mais) é bem claro. Dessa forma quanto mais RX o objeto absorver, mais claro ele é na imagem. Outra vantagem é que esses valores são ajustados de acordo com os tecidos biológicos. A escala de cinza é formada por um grande espectro de representações de tonalidades entre branco, cinza e o preto. A escala de cinzas é que é responsável pelo brilho de imagem. Uma escala de cinzas foi criada especialmente para a tomografia computadorizada e sua unidade foi chamada de unidade Hounsfield (HU), em homenagem ao cientista que desenvolveu a tomografia computadorizada. Nesta escala temos o seguinte:zero unidades Housfield (0 HU) é a água,ar -1000 (HU),osso de 300 a 350 HU;gordura de –120 a -80 HU;músculo de 50 a 55 HU.As janelas são recursos computacionais que permitem que após a obtenção das imagens a escala de cinzas possa ser estreitada facilitando a diferenciação entre certas estruturas conforme a necessidade. Isto porque o olho humano tem a capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons (a maioria das pessoas distingue 20 diferentes tons), enquanto na tomografia no mínimo, como visto acima há 2000 tons. Entretanto, podem ser obtidos até 65536 tons – o que seria inútil se tivéssemos que apresentá-los ao mesmo tempo na imagem, já que não poderíamos distingui-los. A janela é na verdade uma forma de mostrar apenas uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo. Numa janela define-se a abertura da mesma ou seja qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor numérico em HU do branco e qual será o do preto. O nível é definido como o valor (em HU) da média da janela. O uso de diferentes janelas em tomografia permite por exemplo o estudo dos ossos com distinção entre a cortical e a medular óssea ou o estudo de partes moles com a distinção, por exemplo, no cérebro entre a substância branca e a cinzenta. A mesma imagem pode ser mostrada com diferentes ajustes da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo. As imagens tomográficas podem ser obtidas em dois planos básicos: o plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o plano coronal (paralelo a sutura coronal do crânio ou seja é uma visão frontal). Após obtidas as imagens, recursos computacionais podem permitir reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) ou reconstruções tri-dimensionais. Como na radiografia convencional o que está sendo analisado são diferenças de densidade, que podem ser medidas em unidades Hounsfield. Para descrever diferenças de densidades entre dois tecidos é utilizada uma nomenclatura semelhante à utilizada na ultrassonografia: isoatenuante, hipoatenuante ou hiperatenuante. Isoatenuante é utilizada para atenuações tomográficas semelhantes. Hipoatenuantes para atenuações menores do que o tecido considerado padrão e hiperatenuante para atenuações maiores que o tecido padrão (geralmente o órgão que contém a lesão é considerado o tecido padrão, ou quando isto não se aplica, o centro da janela é considerado isoatenuante).
Vantagens e Desvantagens:
Vantagens: A principal vantagem da TC é que permite o estudo de "fatias" ou secções transversais do corpo humano vivo, ao contrário do que é dado pela radiologia convencional, que consiste na representação de todas as estruturas do corpo sobrepostas. É assim obtida uma imagem em que a percepção espacial é mais nítida. Outra vantagem consiste na maior distinção entre dois tecidos. A TC permite distinguir diferenças de densidade da ordem 0,5% entre tecidos, ao passo que na radiologia convencional este limiar situa-se nos 5%. Desta forma, é possível a detecção ou o estudo de anomalias que não seria possível senão através de métodos invasivos, sendo assim um exame complementar de diagnóstico de grande valor.
Desvantagens:Uma das principais desvantagens da TC é devida ao fato de utilizar radiação X. Esta tem um efeito negativo sobre o corpo humano, sobretudo pela capacidade de causar mutações genéticas, visível sobretudo em células que se estejam a multiplicar rapidamente. Embora o risco de se desenvolverem anomalias seja baixo, é desaconselhada a realização de TCs em grávidas e em crianças, devendo ser ponderado com cuidado os riscos e os benefícios. Apesar da radiação ionizante X, o exame tornasse com o passar dos anos o principal metodo de diagnostico por imagem, para avaliação de estruturas anatomicas com densidade significativa. O custo do exame nao é tao caro como outrora, se comparado ao raios x convencional. Oferecendo ao profissional medico um diagnostico rapido e cada vez mais confiavel.

Radiografia


Os Exames Radiográficos utilizam raios-X; neste, o feixe de raios-X, transmitido através do paciente, impressiona o filme radiográfico, o qual, uma vez revelado, proporciona uma imagem que permite distinguir estruturas e tecidos com propriedades diferenciadas. Durante o exame radiográfico os raios-X interagem com os tecidos através do efeito fotoelétrico e Compton. Em relação à probabilidade de ocorrência destes efeitos, obtém-se imagens radiográficas que, mostram tonalidades de cor cinza bem diferenciadas; conforme a densidade, tudo o que está dentro do corpo surge em uma cor diferente numa radiografia. Nos ossos, a radiografia acusa fraturas, tumores, distúrbios de crescimento e postura. Nos pulmões, pode flagrar da pneumonia ao câncer. Em casos de ferimento com armas de fogo, ela é capaz de localizar onde foi parar o projétil dentro do corpo. Para os dentistas, é um recurso fundamental para apontar as cáries. Na densitometria óssea, os raios-X detectam a falta de mineral nos ossos e podem acusar a osteoporose, comum em mulheres após a menopausa. Na radiografia contrastada, é possível diferenciar tecidos com características bem similares, tais como os músculos e os vasos sangüíneos, através do uso de substâncias de elevado número atômico (Iodo ou o Bário). Ainda, o raio-X possibilitou o surgimento de exames como a tomografia axial computorizada (TAC) que, com ajuda do computador, é capaz de fornecer imagens em vários planos, de forma rápida e precisa, utilizando quantidades mínimas de radiação.

Wilhelm Konrad Röentgen


Nasceu em 27 de março de 1845, em Lennep, Alemanha. Faleceu em 1923.
Em 8 de novembro de 1895, Roentgen estava realizando experimentos com descargas elétricas em gases rarefeitos, quando descobriu os raios X. Em três semanas Roentgen investigou quase tudo que sabemos hoje sobre esta radiação, excetuando apenas o fenômeno da difração, que só foi descoberto por volta de 1912.
Sua primeira radiografia foi realizada na mão esquerda de sua esposa Bertha Röentegen, com seu anel de casamento, a radiografia levou cerca de 30 minutos para ser feita, tempo depois sua esposa morreu de cancer.
Pela descoberta dos raios X, Roentgen ganhou o Prêmio Nobel de 1901..

Graças a esse alemão PHD em Fisica, temos hoje tantos avanços na área de Diagnóstico por Imagem.
Faz 20 anos que a profissão foi regulamentada.

História da Radiologia

No final do século XIX, mais precisamente no dia 8 de novembro de 1895 foram descobertos os Raios X pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roetgen ao ver sua mão projetada numa tela enquanto trabalhava com radiações. Por ser muito perspicaz e inteligente imaginou que de um tubo em que ele trabalhava deveria estar sendo emitido um tipo especial de onda que tinha a capacidade de atravessar o corpo humano.

Como era uma radiação invisível, ele a chamou de Raios X. Sua descoberta valeu-lhe o prêmio Nobel de Física em 1901.
Na época - começo do século XX - ocorreu uma revolução no meio médico, trazendo um grande avanço no diagnóstico por imagem.

Desde esta época até os dias de hoje surgiram várias modificações nos aparelhos iniciais a fim de se reduzir a radiação ionizante usada nos pacientes, pois acima de uma certa quantidade é prejudicial à saúde. Assim foram surgindo tubos de Raios X, diafragmas para reduzir a quantidade de Raios X assim diminuindo a radiação secundária que, além de prejudicar o paciente, piorava a imagem final.

Em abril de 1896, fez-se a primeira radiografia de um projétil de arma de fogo no interior do crânio de um paciente, essa radiografia foi feita na Inglaterra pelo Dr. Nelson.
Em novembro de 1899, Oppenhein descreveu a destruição da sela túrcica por um tumor hipofisário.
Em março de 1911, Hensxhen radiografou o conduto auditivo interno alargado por um tumor do nervo acústico (VIII par.).
Em novembro de 1912, Lackett e Stenvard descobriram ar nos Ventrículos ocasionados por uma fratura do crânio.
Um neurocirrugião de Baltimore, Dandy, em 1918, desenvolveu a ventriculografia cerebral, substituindo o líquor por ar. Assim ele trouxe grande contribuição no diagnóstico dos tumores cerebrais.
Por volta de 1931, J. Licord desenvolveu a mielografia com a introdução de um produto radiopaco no espaço suboracnóideo lombar.
Em julho de 1927, Egaz Moniz desenvolveu a angiografia cerebral pela introdução de contraste na artéria carótida com punção cervical. Ao apresentar seu trabalho na Sociedade de Neurologia de Paris, ele disse: "Nós tinhamos conquistado um pouco do desconhecido, aspiração suprema dos homens que trabalham e lutam no domínio da investigação".

A evolução dos equipamentos trouxe novos métodos. Assim surgiu a Planigrafia linear, depois a Politomografia onde os tubos de Raios X realizavam movimentos complexos enquanto eram emitidos.
No Brasil, Manuel de Abreu desenvolveu a Abreugrafia, um método rápido de cadastramento de pacientes para se fazer radiografias do tórax, tendo sido reconhecida mundialmente.
Em 1952, desenvolveu-se a técnica da angiografia da artéria vertebral por punção da artéria femoral na coxa passando um cateter que ia até a região cervical, pela aorta.
Por volta de 1970 através de catéteres para angiografia, começou-se a ocluir os vasos tumorais surgindo assim a radiologia intervencionista e terapêutica. Assim, nos dias de hoje, usam-se catéteres que dilatam e desobstruem até coronárias, simplesmente passando-os pela artéria femoral do paciente, com anestesia local, evitando nesses casos cirurgias extracorpóreas para desobstrução de artérias (famosas pontes de safena).
Também na década de 1970, um engenheiro inglês, J. Hounsfield, desenvolveu a Tomografia Computadorizada, acoplando o Raio X a um computador. Ele ganhou o prêmio Nobel de Física e Medicina.

Até então as densidades conhecidas nos Raios X eram ossos, gorduras, líquidos e partes moles. Com esse método, devido a sua alta sensibilidade foi possível separar as partes moles assim visualizando sem agredir o paciente, o tecido cerebral demonstrando-se o liquor, a substância cinzenta e a substância branca. Até essa época, as imagens do nosso corpo eram obtidas pela passagem do feixe de Raios X pelo corpo, que sofria atenuação e precipitava os sais de prata numa película chamada filme radiográfico que era então processada. Com essa nova técnica, o feixe de Raios X atenuado pelo corpo sensibilizava de maneiras diferentes os detectores de radiação. Essas diferenças eram então analisadas pelo computador que fornecia uma imagem do corpo humano em fatias transversais em um monitor e depois passada para um filme radiográfico.

A tomografia computadorizada revolucionou o diagnóstico por imagem, pois sem agressão alguma ao paciente, obtemos imagens em secções transversais de todo o organismo. Hoje se pode diagnosticar em 10 minutos tumor "in situ" de até 1mm de diâmetro localizado na intimidade do cérebro como por exemplo um microneurinoma no interior do conduto auditivo interno e um micropinealoma na intimidade da glândula pineal.

O homem, não satisfeito ainda, descobriu e colocou em aplicação clínica a Ressonância Nuclear Magnética por volta de 1980. Ela obtém imagens do nosso corpo similares às da tomografia computadorizada, só que com várias vantagens adicionais. Não utiliza radiação ionizante, raramente necessita uso de contraste e são obtidas imagens nos três planos: sagital, coronal e transversal.

A ressonância resulta da interação dos núcleos dos átomos, os prótons de Hidrogênio de número ímpar, com um campo magnético intenso e ondas de radiofrequência. Sob a ação dessas duas energias, os prótons de hidrogênio ficam altamente energizados e emitem um um sinal que apresenta uma diferença entre os tecidos normais e os tecidos patológicos. Essa diferença de sinal é analisada por um computador que mostra uma imagem precisa em secções nos três planos.